
A união destes dois gênios, no entanto, foi tumultuada, marcada por crises, brigas, paixões, separações, reconciliações e casos de infidelidade.
Diego Rivera se interessava frequentemente por outras mulheres, mas Frida não ficava atrás. Seu caso mais conhecido foi com o revolucionário russo, Leon Trotsky, que se asilara no México na Era Stalin com a interveniência do casal, que era dissidente do Partido Comunista.
Vítima de um acidente que rasgou-lhe o ventre e a levou
a se submeter a várias cirurgias, transformou a própria dor em obra de arte. Mesmo em cadeira de rodas e sofrendo dores atrozes, Frida nunca deixou de pintar. O tema da sua obra sempre foi o corpo sofrido e retalhado - na última cirurgia a que foi submetida, teve a perna direita amputada. Gostava de se autorretratar com a fisionomia do marido impressa em sua testa, numa alusão ao papel que ele desmpenhava na sua vida.
Diego nunca lhe negou o reconhecimento devido, tanto que depois da morte dela, em 1954, aos 47 anos, ele transformou a casa em que viviam, em Coyocan, nas cercanias de Cidade do México, em um museu em sua homenagem. E ao lado da cadeira de rodas que a acompanhou nos últimos anos, deixou no cavalete um quadro incabado.