Total de visualizações de página

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A dor transformada em arte...

Ela foi uma das primeiras mulheres por quem me apaixonei...tão intensa foi sua arte concebida a partir da dor e do amor. A artista plástica mexicana Frida Kahlo era do tipo mignon e de aparência frágil. Contava 22 anos quando se uniu ao pintor muralista, Diego Rivera, artista já famoso, 21 anos mais velho que ela e notório mulherengo. Dizia-se deles que eram a "pomba" e o "elefante."
A união destes dois gênios, no entanto, foi tumultuada, marcada por crises, brigas, paixões, separações, reconciliações e casos de infidelidade.

Diego Rivera se interessava frequentemente por outras mulheres, mas Frida não ficava atrás. Seu caso mais conhecido foi com o revolucionário russo, Leon Trotsky, que se asilara no México na Era Stalin com a interveniência do casal, que era dissidente do Partido Comunista.

Vítima de um acidente que rasgou-lhe o ventre e a levou
a se submeter a várias cirurgias, transformou a própria dor em obra de arte. Mesmo em cadeira de rodas e sofrendo dores atrozes, Frida nunca deixou de pintar. O tema da sua obra sempre foi o corpo sofrido e retalhado - na última cirurgia a que foi submetida, teve a perna direita amputada. Gostava de se autorretratar com a fisionomia do marido impressa em sua testa, numa alusão ao papel que ele desmpenhava na sua vida.

Diego nunca lhe negou o reconhecimento devido, tanto que depois da morte dela, em 1954, aos 47 anos, ele transformou a casa em que viviam, em Coyocan, nas cercanias de Cidade do México, em um museu em sua homenagem. E ao lado da cadeira de rodas que a acompanhou nos últimos anos, deixou no cavalete um quadro incabado.    

Talento na sombra...

Seu nome sequer aparece em livros ou qualquer outro registro, nem mesmo como mulher de um dos mais famosos cientistas e Prêmio Nobel de Física em 1921, autor da Teoria da Relatividade, Albert Einstein. Nas enciclopédias, há referências que o cientista foi casado duas vezes, mas o nome que aparece é o da segunda esposa, Elsa, "que compartilhou fielmente sua vida."
Sabe-se agora,  no entanto, que Mileva Maric foi bem mais do que a primeira mulher e mãe dos dois únicos filhos de Einstein. Vasculhando arquivos, rascunhos e correspondências perdidos no tempo, os cientistas Lewis Pyenson (canadense) e Santa Troemel-Ploetz (alemão) concluíram que o grande cientista deve muito da sua descoberta à companheira.
Física e Matemática como o marido, de quem foi colega e se formou no Instituto Politécnico Suíço em 1990, ela teria participado ativamente das pesquisas de Einstein, auxiliando-o nos complexos cálculos matemáticos sem os quais lhe teria sido impossível concluir e formular a Teoria. Mileva, afirmam agora estes cientistas, é no mínimo, co-autora da Teoria da Relatividade.