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domingo, 22 de maio de 2011

No pequeno frasco, uma grande essência...

Por quem os sinos dobram? Às 18h deste domingo, 22 de maio de 2011, eles dobraram pelo "anjo bom da Bahia", a irmã Dulce, oficiamente declarada neste dia como beata pelo núncio apostólico Dom Lorenzo Baldiceri, em cerimônia religiosa na capital baiana, Salvador. Em dezembro de 2007, a freira Lindalva Justo de Oliveira também foi beatificada em Salvador, mas esta, embora atuasse como religiosa na capital baiana, nasceu no Rio Grande do Norte.

A beatificação da irmã Dulce deve-se ao "milagre" atribuído a ela na vida da funcionária pública sergipana, Cláudia Cristiane Santos de Araújo, que sofrera uma forte hemorragia durante o parto do segundo filho. Em virtude do sangramento, os médicos a desenganaram. O "milagre" atribuído à freira aconteceu há dez anos, em 12 de janeiro de 2001. Foi o padre José Almir – amigo da família e devoto da irmã Dulce – que disse à funcionária que pedisse à religiosa com fé pela sua recuperação.

Vida e Obra
Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, sendo registrada Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos, manifestou interesse pela vida religiosa e pelos pobres, a ponto de transformar a própria casa em local de atendimento aos desvalidos. Os pais - o dentista Augusto Lopes Pontes e Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes - , resistiram à ideia da filha. Somente após Maria Rita completar 18 anos é que pôde trilhar o caminho desejado. Em 1933, ela ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo (Sergipe). No mesmo ano ordena-se freira e adota o nome de Irmã Dulce em homenagem à mãe.

Voltou à Bahia e iniciou seu trabalho assistencial em comunidades carentes. Na missão incansável de ajudar, perambulou pelas ruas de Salvador, com seus desassistidos, até que com autorização da sua superiora, ocupou o galinheiro do Convento Santo Antonio, levando para lá 70 doentes, local onde fundou o Hospital Santo Antonio, que atualmente responde por mais de cinco milhões de atendimentos por ano.

Com apenas 1,47m de altura, a freira, que respirava com apenas 20% da capacidade pulmonar, ampliou o seu trabalho assistencial, contando apenas com doações. Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, junto aos seus doentes. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, futuro Santuário de Irmã Dulce.

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