Bertha Felicie Sophie von Suttner foi a primeira mulher do mundo a receber o prêmio Nobel da Paz em 1905. A escritora e compositora que nasceu em Praga, atual República Tcheca, no dia 9 de junho de 1843, era filha de uma família aristocrática, mas seu pai morrera pouco antes dela nascer e sua mãe não consegue administrar os bens da família deixando-as em dificuldades.
Mesmo assim, Bertha desfruta de uma boa educação e estuda música e línguas quando jovem, desenvolvendo também um apurado gosto para a literatura. Mas toda sua inteligência não foi suficiente para lhe arrumar um marido – o que, para a sociedade moralista e conservadora da época, era quase a sentença de morte para as moças. Bertha decide, então, surpreendendo a todos: arrumar um emprego.
Aos 30 anos, ainda solteira, Bertha vai para Viena onde começa a trabalhar como dama de companhia na riquíssima família Suttner, mas acaba se apaixonando pelo filho mais novo da família, Arthur Von Suttner. Foi obrigada pela família dele a deixar a casa.
Em1876 Bertha vai para Paris onde trabalha por um período como secretária do já famoso industrial Alfred Nobel, que havia inventado a dinamite e o detonador, e de quem acabaria se tornando muito amiga. É fato que o velho Nobel se apaixona por Bertha, porém certo de que esse amor não teria futuro torna-se seu amigo para a vida toda.
Aliás, foi Bertha quem influenciou Alfred Nobel a premiar pessoas que fizessem grandes esforços pela paz no mundo culminando no prêmio Nobel da Paz, criado em 1901 e do qual a própria Bertha foi vencedora em 1905.
Algum tempo depois, Bertha e Arthur finalmente se casam, porém a família Suttner se opõe à essa união e ambos acabam deixando Viena e fugindo para o Cáucaso. Lá eles vivem por nove anos durante os quais Bertha dá aulas de línguas e música para sobreviver e começa a escrever.
Em 1885, com o perdão da família Suttner, eles regressam para a Áustria onde Bertha toma conhecimento da Associação de Paz Internacional e Arbitragem, de Londres, e que a leva a escrever o livro “Das Maschinenzeitalter” (“A Idade das Máquinas”) pelo qual recebe algumas críticas por causa do nacionalismo exacerbado e da freqüente menção sobre armamentos. No final de 1889 Bertha então publica “Die Waffen Nieder!” (Abaixo as Armas!) que é traduzido para diversas línguas e lhe confere grande notoriedade como escritora e pacifista.
Naquela época, de países fortemente armados e em que as mulheres de boa família deveriam apenas ficar em casa para cuidar de suas famílias Bertha faz sucesso com suas idéias antimilitaristas ao contar com detalhes os horrores da guerra. Após a publicação do livro Bertha começa a ser requisitada para diversos encontros e eventos sobre a paz passando a dedicar-se exclusivamente a sua causa.Em 1891, junto com o marido incentivam a fundação da Sociedade Austríaca dos Amigos da Paz.
Na Primeira Convenção Internacional de Haia, em 1899, Bertha Von Suttner é a única mulher a participar. A “condessa da paz” como passou a ser conhecida tinha idéias sobre a criação de um tribunal onde os conflitos internacionais pudessem ser resolvidos evitando-se guerras e trabalhou para a concretização do que viria a ser chamado de “Tribunal de Haia”.
Bertha participou de inúmeros congressos e associações de paz no mundo todo, recebendo em agosto de 1913, por ocasião do Congresso Internacional de Paz de Haia, o título de “generalíssima” do movimento da paz. Em 21 de junho de 1914 Bertha Von Suttner falece e, apesar de todos os seus esforços, dois meses depois teria início a Primeira Guerra Mundial.
domingo, 27 de março de 2011
Apertem os cintos: o piloto é uma mulher!
Que pilotar fogão, que nada! Anésia quis subir bem mais e ganhar as alturas. Foi a primeira mulher a realizar o trecho Rio-São Paulo. Participou da Revolução de 24: em missão voluntária de paz, jogava pétalas de rosa do céu nas prisões da cidade.
Inaugurou a profissão de repórter aeronáutica de São Paulo e manteve durante 1927 e 1928 uma coluna semanal no jornal O País. Foi precursora também ao ligar as três Américas, num voo de Nova Iorque ao Rio de Janeiro e ao cruzar os Andes em um monomotor.
Além disso, foi a única representante do sexo feminino a dar instrução especializada numa corporação militar de voo. Não casou e nem teve filhos, mas viveu uma grande paixão com o militar e aviador Marechal Appel Netto, que largou a mulher para morar com Anésia quando o divórcio ainda nem constava da Constituição. Ficaram juntos por 30 anos. Anésia foi precursora da ponte aérea Rio-São Paulo. Morreu aos 95 anos em 10 de maio de 1999, em Brasília.
Anésia Pinheiro Machado nasceu em Itapetininga (SP) em 5 de junho de 1902. Foi a primeira mulher a se habilitar e a trabalhar como aviadora no Brasil. Iniciou seus estudos em 1921 e já no ano seguinte recebia seu brevê nternacional pelo Aero Club do Brasil. Ainda no mesmo ano, realizou seu primeiro voo interestadual de São Paulo ao Rio de Janeiro, como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil, e participou de uma apresentação de acrobacias aéreas.Por estes, foi pessoalmente homenageada por Santos Dumont. Entre 1927 e 1928, manteve uma coluna dominical sobre aviação no jornal carioca "O País".
Em 1943, fez curso nos Estados Unidos, onde também se licenciou como piloto e instrutora de voo. Entre seus feitos pioneiros, destacam-se uma travessia da Cordilheira dos Andes e uma viagem transcontinental pelas três Américas, ambos em 1951. Em 1954, foi proclamada pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), durante a Conferência de Istambul, Decana Mundial da Aviação Feminina. Recebeu dezenas de condecorações civis e militares, nacionais e estrangeiras. A urna com suas cinzas está depositada no Museu de Cabangu, na cidade de Santos Dumont (MG).
Com apenas vinte anos de idade e cinco meses após obter seu brevê, Anésia decidiu fazer o voo entre São Paulo e Rio de Janeiro como forma de participar das comemorações do centenário da Independência e não imaginava que causaria tanta sensação, conforme afirmou em entrevista concedida em 1961 ao jornal The Evening Star , de Washington.
A viagem foi realizada no monomotor Caudron G3, batizado de Bandeirante, o mesmo em que aprendeu a voar. A viagem durou quatro dias, de 5 a 8 de setembro. Anésia voava, no máximo, uma hora e meia por dia, quando tinha que pousar para reabastecimento e revisão da aeronave.
Anésia foi recepcionada no aeroporto do Rio de Janeiro por autoridades do governo e populares, dos quais recebeu flores e outros presentes. Naquela ocasião, Santos Dumont presenteou Anésia com uma medalha de ouro, réplica de uma que ele próprio havia recebido da Princesa Isabel, e que Anésia levou sempre consigo ao longo de toda sua vida, por considerá-la seu amuleto de boa sorte.
Pioneirismo contestado
A filial brasileira da International Organization of Women Pilots, porém, contesta o pioneirismo de Anésia e atribui a Tereza de Marzo a primazia de ter sido a primeira mulher brasileira a pilotar um avião. Tereza e Anésia são contemporâneas e colegas da mesma escola de aviação, em São Paulo. Tiveram o mesmo instrutor, Fritz Roesler, com quem Tereza viria a casar. Tereza iniciou seus estudos em março de 1921, Anésia, em dezembro do mesmo ano. O voo solo (sem a companhia do instrutor) de ambas aconteceu na mesma data, 17 de março de 1922. Tereza recebeu o brevet de nº 76 da FAI, em 8 de abril de 1922, Anésia, o de nº 77, no dia seguinte. Tereza abandonou a carreira de aviadora em 1926, ao casar, enquanto Anésia permaneceu em atividade por mais três décadas.
Inaugurou a profissão de repórter aeronáutica de São Paulo e manteve durante 1927 e 1928 uma coluna semanal no jornal O País. Foi precursora também ao ligar as três Américas, num voo de Nova Iorque ao Rio de Janeiro e ao cruzar os Andes em um monomotor.
Além disso, foi a única representante do sexo feminino a dar instrução especializada numa corporação militar de voo. Não casou e nem teve filhos, mas viveu uma grande paixão com o militar e aviador Marechal Appel Netto, que largou a mulher para morar com Anésia quando o divórcio ainda nem constava da Constituição. Ficaram juntos por 30 anos. Anésia foi precursora da ponte aérea Rio-São Paulo. Morreu aos 95 anos em 10 de maio de 1999, em Brasília.
Anésia Pinheiro Machado nasceu em Itapetininga (SP) em 5 de junho de 1902. Foi a primeira mulher a se habilitar e a trabalhar como aviadora no Brasil. Iniciou seus estudos em 1921 e já no ano seguinte recebia seu brevê nternacional pelo Aero Club do Brasil. Ainda no mesmo ano, realizou seu primeiro voo interestadual de São Paulo ao Rio de Janeiro, como parte das comemorações do centenário da Independência do Brasil, e participou de uma apresentação de acrobacias aéreas.Por estes, foi pessoalmente homenageada por Santos Dumont. Entre 1927 e 1928, manteve uma coluna dominical sobre aviação no jornal carioca "O País".
Em 1943, fez curso nos Estados Unidos, onde também se licenciou como piloto e instrutora de voo. Entre seus feitos pioneiros, destacam-se uma travessia da Cordilheira dos Andes e uma viagem transcontinental pelas três Américas, ambos em 1951. Em 1954, foi proclamada pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), durante a Conferência de Istambul, Decana Mundial da Aviação Feminina. Recebeu dezenas de condecorações civis e militares, nacionais e estrangeiras. A urna com suas cinzas está depositada no Museu de Cabangu, na cidade de Santos Dumont (MG).
Com apenas vinte anos de idade e cinco meses após obter seu brevê, Anésia decidiu fazer o voo entre São Paulo e Rio de Janeiro como forma de participar das comemorações do centenário da Independência e não imaginava que causaria tanta sensação, conforme afirmou em entrevista concedida em 1961 ao jornal The Evening Star , de Washington.
A viagem foi realizada no monomotor Caudron G3, batizado de Bandeirante, o mesmo em que aprendeu a voar. A viagem durou quatro dias, de 5 a 8 de setembro. Anésia voava, no máximo, uma hora e meia por dia, quando tinha que pousar para reabastecimento e revisão da aeronave.
Anésia foi recepcionada no aeroporto do Rio de Janeiro por autoridades do governo e populares, dos quais recebeu flores e outros presentes. Naquela ocasião, Santos Dumont presenteou Anésia com uma medalha de ouro, réplica de uma que ele próprio havia recebido da Princesa Isabel, e que Anésia levou sempre consigo ao longo de toda sua vida, por considerá-la seu amuleto de boa sorte.
Pioneirismo contestado
A filial brasileira da International Organization of Women Pilots, porém, contesta o pioneirismo de Anésia e atribui a Tereza de Marzo a primazia de ter sido a primeira mulher brasileira a pilotar um avião. Tereza e Anésia são contemporâneas e colegas da mesma escola de aviação, em São Paulo. Tiveram o mesmo instrutor, Fritz Roesler, com quem Tereza viria a casar. Tereza iniciou seus estudos em março de 1921, Anésia, em dezembro do mesmo ano. O voo solo (sem a companhia do instrutor) de ambas aconteceu na mesma data, 17 de março de 1922. Tereza recebeu o brevet de nº 76 da FAI, em 8 de abril de 1922, Anésia, o de nº 77, no dia seguinte. Tereza abandonou a carreira de aviadora em 1926, ao casar, enquanto Anésia permaneceu em atividade por mais três décadas.
sexta-feira, 25 de março de 2011
E o Nobel vai para ...
Numa época de grandes descobertas cientificas uma mulher brilha em meio a uma sociedade declaradamente machista e cheia de preconceitos. Marie Curie nasceu em 7 de Novembro de 1867, em Varsóvia (Polônia). O seu verdadeiro nome era Marya Sklodowska. Foi a ultima dos 5 filhos de um casal de professores. O pai, Wladyslaw Sklodowski, era professor de Física e Matemática do Instituto de Varsóvia. Marie sempre foi uma aluna brilhante. Concluiu o curso secundário em 1883 e não pôde mais continuar os estudos em Varsóvia, por falta de universidade que aceitasse mulheres. Trabalhou como professora e governanta e somente em 1891 conseguiu ir para Paris (França) para continuar seus estudos, na Universidade da Sorbonne.
Foi a primeira mulher a concluir o doutorado em Ciências Físicas e também a primeira mulher a dar aulas na famosa Universidade da Sorbonne. Casou-se com o cientista francês Pierre Curie e teve duas filhas (Irene e Eve). Em 1903, junto com o marido e o cientista francês Henri Becquerel, ganhou o prémio Nobel de Física pela descoberta da radioatividade e em 1911 ganha o prémio Nobel de Química pela descoberta do rádio. Depois da morte do marido, ela o substituiu como professora de Física na Faculdade de Ciências e, mais uma vez, numa carreira marcada pelo pioneirismo, é a primeira mulher a ocupar tal posto.
Ao longo de seus estudos, escreveu vários artigos científicos sobre a radioatividade. Gozava de elevada estima e admiração de cientistas do mundo todo. Entre os muitos diplomas honoríficos que recebeu com distinção, destacam-se a medalha David da Real Sociedade.
Foi membro do Conselho de Física e também do Comitê de Cooperação Intelectual da Liga das Nações. Em 1921, o presidente dos Estados Unidos, Warren Harding (1921-1923), em nome das mulheres americanas presenteou-a simbolicamente com 1 grama de rádio em reconhecimento aos seus serviços à Ciência.Marie Curie morreu no final dos anos 20, vítima de uma leucemia contraída devido à exposição permanente aos raios radioativos.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A dor transformada em arte...
Ela foi uma das primeiras mulheres por quem me apaixonei...tão intensa foi sua arte concebida a partir da dor e do amor. A artista plástica mexicana Frida Kahlo era do tipo mignon e de aparência frágil. Contava 22 anos quando se uniu ao pintor muralista, Diego Rivera, artista já famoso, 21 anos mais velho que ela e notório mulherengo.
Dizia-se deles que eram a "pomba" e o "elefante."
A união destes dois gênios, no entanto, foi tumultuada, marcada por crises, brigas, paixões, separações, reconciliações e casos de infidelidade.
Diego Rivera se interessava frequentemente por outras mulheres, mas Frida não ficava atrás. Seu caso mais conhecido foi com o revolucionário russo, Leon Trotsky, que se asilara no México na Era Stalin com a interveniência do casal, que era dissidente do Partido Comunista.
Vítima de um acidente que rasgou-lhe o ventre e a levou
a se submeter a várias cirurgias, transformou a própria dor em obra de arte. Mesmo em cadeira de rodas e sofrendo dores atrozes, Frida nunca deixou de pintar. O tema da sua obra sempre foi o corpo sofrido e retalhado - na última cirurgia a que foi submetida, teve a perna direita amputada. Gostava de se autorretratar com a fisionomia do marido impressa em sua testa, numa alusão ao papel que ele desmpenhava na sua vida.
Diego nunca lhe negou o reconhecimento devido, tanto que depois da morte dela, em 1954, aos 47 anos, ele transformou a casa em que viviam, em Coyocan, nas cercanias de Cidade do México, em um museu em sua homenagem. E ao lado da cadeira de rodas que a acompanhou nos últimos anos, deixou no cavalete um quadro incabado.

A união destes dois gênios, no entanto, foi tumultuada, marcada por crises, brigas, paixões, separações, reconciliações e casos de infidelidade.
Diego Rivera se interessava frequentemente por outras mulheres, mas Frida não ficava atrás. Seu caso mais conhecido foi com o revolucionário russo, Leon Trotsky, que se asilara no México na Era Stalin com a interveniência do casal, que era dissidente do Partido Comunista.
Vítima de um acidente que rasgou-lhe o ventre e a levou
a se submeter a várias cirurgias, transformou a própria dor em obra de arte. Mesmo em cadeira de rodas e sofrendo dores atrozes, Frida nunca deixou de pintar. O tema da sua obra sempre foi o corpo sofrido e retalhado - na última cirurgia a que foi submetida, teve a perna direita amputada. Gostava de se autorretratar com a fisionomia do marido impressa em sua testa, numa alusão ao papel que ele desmpenhava na sua vida.
Diego nunca lhe negou o reconhecimento devido, tanto que depois da morte dela, em 1954, aos 47 anos, ele transformou a casa em que viviam, em Coyocan, nas cercanias de Cidade do México, em um museu em sua homenagem. E ao lado da cadeira de rodas que a acompanhou nos últimos anos, deixou no cavalete um quadro incabado.
Talento na sombra...
Seu nome sequer aparece em livros ou qualquer outro registro, nem mesmo como mulher de um dos mais famosos cientistas e Prêmio Nobel de Física em 1921, autor da Teoria da Relatividade, Albert Einstein. Nas enciclopédias, há referências que o cientista foi casado duas vezes, mas o nome que aparece é o da segunda esposa, Elsa, "que compartilhou fielmente sua vida."
Sabe-se agora, no entanto, que Mileva Maric foi bem mais do que a primeira mulher e mãe dos dois únicos filhos de Einstein. Vasculhando arquivos, rascunhos e correspondências perdidos no tempo, os cientistas Lewis Pyenson (canadense) e Santa Troemel-Ploetz (alemão) concluíram que o grande cientista deve muito da sua descoberta à companheira.
Física e Matemática como o marido, de quem foi colega e se formou no Instituto Politécnico Suíço em 1990, ela teria participado ativamente das pesquisas de Einstein, auxiliando-o nos complexos cálculos matemáticos sem os quais lhe teria sido impossível concluir e formular a Teoria. Mileva, afirmam agora estes cientistas, é no mínimo, co-autora da Teoria da Relatividade.
Física e Matemática como o marido, de quem foi colega e se formou no Instituto Politécnico Suíço em 1990, ela teria participado ativamente das pesquisas de Einstein, auxiliando-o nos complexos cálculos matemáticos sem os quais lhe teria sido impossível concluir e formular a Teoria. Mileva, afirmam agora estes cientistas, é no mínimo, co-autora da Teoria da Relatividade.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Diziam que mulher era sexo frágil...
A delicadeza e a sensibilidade não são atributos para fragilizá-las. Desde os mais remotos períodos, já lá na Antigüidade, mulheres como Hipácia, que tornou-se influente nos círculos intelectuais e políticos de Alexandria pelos seus notáveis conhecimentos em geometria, matemática, religião, filosofia, poesia e artes, ou Zenóbia, a rainha árabe que se notabilizou pelo seu estrategismo bélico, liderando batalhas que resultaram na conquista de parte da Ásia Menor, mostraram que a distinção de gênero não passa disso: gênero distinto.
A História evidencia que pioneirismo não é prerrogativa de um só gênero, mas de quem ousa. E nos brinda com pioneirismo como o da médica Nise da Silveira, que desenvolveu métodos terapêuticos revolucionários nos quais utilizava a expressão artística dos doentes mentais em vez de medicamentos e eletrochoques, fundando, posteriormente, o Museu de Imagens do Inconsciente, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1952. Ou o da cientista Marie-Curie, cuja dedicação à Física resultou no Nobel de Física em 1903 e um segundo, de Química, em 1911, um marco na história da ciência, a quem devemos o raio-x e a radioterapia para tratamento do câncer, graças às suas investidas na pesquisa sobre a radioatividade.
Pioneirismo não tem nacionalidade. É, no mínimo, um referencial para que novos sonhos sejam alçados ao patamar da realidade. Voando nas mesmas asas da imaginação que fizeram da paulista Anésia Pinheiro Machado a primeira mulher a realizar um vôo-solo no Brasil, tivemos em céus potiguares a ousadia de Lucy Garcia Maia, primeira mulher a pilotar uma aeronave no Rio Grande do Norte. Era o sonho de Ícaro vestindo saias.
Agora mesmo, vemos este pequenino estado nordestino, de arraigada cultura patriarcal, sendo governado por mulheres, que dessa forma abre caminhos para que outras ousem, pondo fim ao feudo masculino que até então detinha a política norte-rio-grandense. Mas bem atrás, lá pela segunda metade do século XVII, pertencente à tribo potiguar que habitava a margem esquerda do rio Potengi, nascia Clara Camarão, índia guerreira que liderou batalhas contra o domínio holandês. Era mostras do pioneirismo que esse Estado seria capaz de dar, traduzido nas figuras de Nísia Floresta, intelectual e precursora do feminismo, Ana Floriano, líder do motim que ficou conhecido como “as 300 subversivas”, feito por mulheres mossoroenses, Celina Guimarães, que requerendo o direito ao alistamento eleitoral, conquistou o honroso título de primeira eleitora do país, e Alzira Soriano, que proporcionou a ascensão feminina na política ao tornar-se a primeira prefeita do Brasil.
Não há hoje um lugar onde não estejamos. Dos campos de futebol ao espaço aéreo não há um só lugar onde a presença feminina não tenha se efetivado. Política, aviação, forças armadas...não há mais limites, se eles podem, elas também. Endurecer, se preciso, mas perder a ternura...jamais.
A História evidencia que pioneirismo não é prerrogativa de um só gênero, mas de quem ousa. E nos brinda com pioneirismo como o da médica Nise da Silveira, que desenvolveu métodos terapêuticos revolucionários nos quais utilizava a expressão artística dos doentes mentais em vez de medicamentos e eletrochoques, fundando, posteriormente, o Museu de Imagens do Inconsciente, no Centro Psiquiátrico D. Pedro II, no Rio de Janeiro, em 1952. Ou o da cientista Marie-Curie, cuja dedicação à Física resultou no Nobel de Física em 1903 e um segundo, de Química, em 1911, um marco na história da ciência, a quem devemos o raio-x e a radioterapia para tratamento do câncer, graças às suas investidas na pesquisa sobre a radioatividade.
Pioneirismo não tem nacionalidade. É, no mínimo, um referencial para que novos sonhos sejam alçados ao patamar da realidade. Voando nas mesmas asas da imaginação que fizeram da paulista Anésia Pinheiro Machado a primeira mulher a realizar um vôo-solo no Brasil, tivemos em céus potiguares a ousadia de Lucy Garcia Maia, primeira mulher a pilotar uma aeronave no Rio Grande do Norte. Era o sonho de Ícaro vestindo saias.
Agora mesmo, vemos este pequenino estado nordestino, de arraigada cultura patriarcal, sendo governado por mulheres, que dessa forma abre caminhos para que outras ousem, pondo fim ao feudo masculino que até então detinha a política norte-rio-grandense. Mas bem atrás, lá pela segunda metade do século XVII, pertencente à tribo potiguar que habitava a margem esquerda do rio Potengi, nascia Clara Camarão, índia guerreira que liderou batalhas contra o domínio holandês. Era mostras do pioneirismo que esse Estado seria capaz de dar, traduzido nas figuras de Nísia Floresta, intelectual e precursora do feminismo, Ana Floriano, líder do motim que ficou conhecido como “as 300 subversivas”, feito por mulheres mossoroenses, Celina Guimarães, que requerendo o direito ao alistamento eleitoral, conquistou o honroso título de primeira eleitora do país, e Alzira Soriano, que proporcionou a ascensão feminina na política ao tornar-se a primeira prefeita do Brasil.
Não há hoje um lugar onde não estejamos. Dos campos de futebol ao espaço aéreo não há um só lugar onde a presença feminina não tenha se efetivado. Política, aviação, forças armadas...não há mais limites, se eles podem, elas também. Endurecer, se preciso, mas perder a ternura...jamais.
Uma diva encanta o mundo ...

Nos anos 50, uma jovem atriz norte-americana com nome de batismo Norma Jean conquista o mundo e se torna Marylin Monroe, o maior símbolo sexual da América nos anos 50. Protagonizou filmes como: Os Homens Preferem as Louras (1953), com o qual atingiu o, estrelato, O Pecado Mora ao Lado (1955), em que surge de vestido esvoaçante sobre um respiradouro do metrô, numa das cenas mais célebres do cinema, e Quanto Mais Quente Melhor (1959). Mas se no cinema sua trajetória é de sucesso, sua vida pessoal é conturbada. Um suposto romance com o então presidente americano John Kennedy, para quem canta Parabéns a Você na festa de aniversário dele, ganha as páginas dos tablóides. Dependente de remédios para dormir, em virtude da depressão, é encontrada morta por overdose em Los Angeles (EUA) no dia 5 de agosto de 1962.
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